segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Faça valer uma vida!

“Os três irmãos, João Roberto, Vanessa e Pedrinho formavam um trio quase que inseparável. Ficar bem juntinhos era a maneira que tinham encontrado para tentar espantar o medo, a solidão, a fome...
- Não chora, Pedrinho. A mamãe vai chegar logo. Ela vai trazer bastante comida gostosa para nós. – Dizia Vanessa, de apenas cinco anos, para seu irmãozinho de três anos .
- É melhor a gente ligar o fogareiro e esquentar o angu que sobrou de ontem. – acrescentava João Roberto, de nove anos.
A mãe se ausentava de casa com frequência e às vezes demorava até cinco dias para aparecer de novo.
Nessas ocasiões as crianças eram socorridas por uma vizinha solidária, mas naquele bairro todos lutavam com dificuldades e nem sempre era possível ajudar. Também não faltava uma criatura má para dizer coisas horríveis para aquelas crianças. Certa vez apareceu um homem que parecia realmente interessado em ajudá-las. Ganhou a confiança dos três irmãos oferecendo bolos, chocolates, refrigerantes. Todo dia ele trazia uma coisa diferente. Mas sua verdadeira intenção era outra e numa dessas ausências da mãe, aconteceu o pior. Houve abuso sexual. A dor, o trauma se instalaram quase que de forma insuportável nas suas vidas.
Finalmente quando a mãe foi e não voltou mais, sendo encontrada morta uma semana depois, as três crianças foram encaminhadas para uma instituição, por ordem judicial”.


Esta história fictícia se aproxima da história real de algumas crianças e jovens que já passaram ou ainda vivem no Sítio Shalom, em Pequeri/MG.







O Sítio Shalom da Associação REMER abriga 36 crianças, em quatro casas. Cada casa tem nove crianças e uma mãe social.

Tudo começou há dezoito anos quando algumas pessoas do Rio de Janeiro procuravam um lugar tranquilo e longe da violência da metrópole para dar continuidade a um trabalho já começado naquela cidade. Uma importante parceria com a Fundação Help Mij Leven, da Holanda, permitiu belos investimentos na área. Tudo para atingir o objetivo de dar condições para que as crianças desenvolvam a saúde integral nos aspectos físico, espiritual, social e psicológico.


Cantinho Literário
Este é um espaço onde as crianças e adolescentes poderão ter acesso ao mundo mágico da leitura e onde desenvolverão diversas habilidades.


Quadra poliesportiva e mesa de pingue-pongue

Nem é preciso ouvir muitas explicações da diretora do Sítio, a psicóloga Janine, para perceber quão sérios são encarados aspectos como o acolhimento afetivo, o apoio a cada criança levando em conta as diferenças individuais e sobretudo uma aceitação incondicional.


Um espaço acolhedor onde a criança ou adolescente percebe a sua importância

Atualmente apenas quatro, das seis casas, estão em uso. É que a ajuda do exterior diminuiu drasticamente de uns tempos para cá. O Sítio Shalom tem direito a verbas municipais, mas os trâmites legais são lentos e difíceis. Resta contar com parcerias e ajuda de pessoas, entidades civis e religiosas.
Ainda como uma extensão do Sítio Shalom, há a Casa do Estudante, em Juiz de Fora que abriga oito jovens. Estes têm o apoio do Colégio Granbery.


Pastor Zulmir e Anderson, administrador do Sítio Shalom

Mas o que é REMER? Associação Refúgio de Meninos(as) de Rua. Trata-se de uma entidade civil filantrópica, constituída em 09 de janeiro de l989, com o objetivo de amparar crianças e adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade social.


Janine, Raquel, Neiva e Pr. Zulmir

O Sítio Shalom, da REMER, existe porque alguns acreditaram e ainda apostam que podem resgatar muitas crianças para uma vida com perspectiva, amparadas pelo nosso amor solidário.

Faça valer uma vida! AJUDE!
Contatos podem ser feitos:
e-mail: sitioshalom.remer@gmail.com
telefone: (32) 3278-1240
Site: www.remer.org.br

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Coincidência?

Ganhei três volumes de um dos meus filhos , cada um com mais de 100 histórias. Não sei bem porque, decidi começar pelo livro 3, com 355 páginas. Resolvi que leria uma ou duas histórias por dia, sem pressa.
Justamente na véspera do feriado de Finados, em 02 de novembro de 2010, deparei-me com este relato, de autor desconhecido:

Você não me traz mais flores

O senhor que tomava conta do cemitério, pacato e abandonado, recebia todos os meses um cheque de uma mulher inválida, internada em um hospital não muito distante dali. O cheque era destinado à compra de flores, que deveriam ser colocadas no túmulo do filho dela, morto em um acidente de carro cerca de dois anos antes.
Um dia, um carro entrou no cemitério e parou em frente à guarita coberta de hera, do prédio destinado à administração. Um homem dirigia o carro e no banco de trás, havia uma senhora extremamente pálida e com os olhos semicerrados.
- Esta senhora está muito doente para caminhar – o motorista falou para o idoso.
- Será que o senhor poderia nos acompanhar até o túmulo do filho dela? Ela quer lhe pedir um favor. Bem, na verdade, ela está morrendo e como sou um antigo amigo da família, me pediu que a trouxesse até aqui para que pudesse ver pela última vez o túmulo do filho.
- Esta é a Sra. Wilson? – perguntou o idoso.
O homem concordou com um gesto de cabeça.
- Bem, eu sei quem é. Ela é quem me envia um cheque todos os meses para que eu coloque flores frescas no túmulo de seu filho.
O idoso acompanhou o homem até o carro e sentou-se ao lado da mulher. Ela estava bem fraca e certamente não demoraria muito para morrer. Havia, porém, algo mais naquela face, conforme o idoso observou – os olhos pretos e sombrios escondiam a dor profunda e interminável.
- Eu sou a Sra. Wilson – suspirou ela. – Todos os meses nestes dois últimos anos...
- Eu sei – disse o idoso. – Fiz tudo conforme o que me pediu.
- Vim aqui hoje – continuou ela – porque os médicos dizem que tenho apenas algumas semanas de vida. Não vou achar ruim partir. Não há nada mais que me segure aqui. No entanto, antes de morrer, queria vir até aqui para dar uma última olhada e para fazer um acordo com você, pois gostaria que continuasse a colocar flores no túmulo de meu filho.
Ela parecia estar exausta, pois o esforço para falar exauria suas forças. O homem seguiu pela rua de cascalhos e dirigiu o carro até o túmulo. Quando lá chegaram, a mulher após fazer um grande esforço, levantou-se um pouco e olhou para fora da janela para ver o túmulo de seu filho. Não se ouviu um som sequer nos momentos seguintes, a não ser o canto dos pássaros nas árvores, altas e antigas, espalhadas entre os túmulos.
Por fim o idoso falou:
- A senhora sabe, não é mesmo, que sempre lamentei que mandasse o dinheiro das flores.
A princípio, a mulher não demonstrou ter escutado o que ele dissera. A seguir, vagarosamente, virou-se para o idoso e disse:
- Lamenta? – suspirou ela. – Você se dá conta do que está dizendo? Meu filho...
- É claro que sei – interrompeu ele gentilmente. – Mas, veja bem, pertenço a um grupo da igreja que todas as semanas visita hospitais, asilos e prisões. Nesses lugares encontramos pessoas que ainda estão vivas e necessitam de ânimo e alegria. A maioria delas gosta de flores, pois podem vê-las e cheirá-las. Aquele túmulo ali, sabe... não há nada vivo ali para ver e sentir a beleza das flores – disse ele, mas olhou em outra direção, pois sua voz ficou embargada.
A mulher não respondeu, mas continuou a olhar fixamente para o túmulo do filho. Após algum tempo que mais parecia horas, ela levantou a mão e o homem dirigiu de volta para o prédio da administração. Ali o idoso desceu e, sem palavra alguma, o homem e a senhora foram embora. O idoso consternado, pensou: “Eu a ofendi. Não deveria ter dito o que disse”.
Alguns meses mais tarde porém, ele ficou surpreso ao receber uma nova visita dessa mulher. Ela mesma dirigia o carro, não havia nenhum motorista! O idoso mal podia acreditar no que via.
- Você estava certo a respeito das flores – disse-lhe ela. – Esta é a razão pela qual você não recebeu mais os cheques. Quando retornei ao hospital, suas palavras não saíam da minha mente, então comecei a comprar flores para o hospital, que não tinha nenhuma. Senti enorme alegria ao ver que todos gostavam delas, embora desconhecessem o remetente. Isso os fez feliz, porém mais do que isso, isso me fez feliz. Os médicos não sabem – continuou ela – como de repente minha saúde melhorou, mas eu sei!

Gray, Alice / Baumgardner, Barbara, Histórias para o coração 3, São Paulo:Editora Hagnos, 2006.
E no dia seguinte, o dia de Finados, recebi o e-mail de um amigo, onde ele e seu irmão honravam a memória da única irmã que tiveram, através de um resumo de sua vida e atividades. Apesar da dor pela perda recente, não ficaram estagnados na autocomiseração, mas preferiram lembrar e repartir o dinamismo de vida e o testemunho de fé da irmã e amiga que nos antecipou inesperadamente.
Acredito que dessa forma, todos nós podemos nos deixar inspirar e sair mais fortalecidos nesse dia.
Ainda pensando na melhor maneira de terminar o feriado de Finados, tirei do baú algumas fotografias antigas de familiares que já passaram desta vida para a outra, com o Pai da Eternidade, e as expus no quadro de cortiça que fica na minha cozinha.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

O Surpreendente André

No interior de Minas Gerais, em uma cidade chamada Mar de Espanha, existe uma pequena capela da Igreja Luterana. Os membros são atendidos por pastores da Igreja Luterana de Juiz de Fora, e os cultos acontecem sempre no primeiro e terceiro sábado do mês. Num desses sábados, estávamos lá – reunidos com mais algumas pessoas, na maioria idosos da família Kayser – quando inesperadamente aparece um rapaz novo acompanhado de seu pai. Logo de início percebemos que não era mineiro. O chiado do “S” denunciava um carioca! Para nossa surpresa e espanto, ele começou a frequentar os cultos e até os estudos bíblicos!



André logo fez amizade com todos. De vez em quando seu pai e às vezes sua mãe também, estavam junto com ele. De fato, ele vinha de Alcântara, estado do Rio de Janeiro. Seus pais, líderes na Igreja Presbiteriana, sempre se mostravam simpáticos, amorosos e ansiosos para que o filho se integrasse em uma igreja cristã.


Interior da Capela Luterana, em Mar de Espanha

Aqui André começou participar e logo se integrou.


Membros participantes da Capela Luterana em Mar de Espanha

Mas por que cargas d’água esse menino com apenas vinte anos, resolveu deixar sua terra natal e arrendar terras em Minas Gerais para lidar com a pecuária? Privilegiado com uma inteligência perspicaz e questionadora, deixou de lado um leque de possibilidades de prosseguir com estudos acadêmicos ou alguma outra profissão, e surpreende a sua família com a decisão de vir para Minas Gerais para trabalhar com gado de leite.
Algum tempo depois ficamos sabendo mais detalhes sobre sua vida. Antes de chegar a Minas Gerais e até mesmo de pensar em ser pecuarista, André já tinha firmado a sua fé em Cristo. Quando tinha uns seis anos de idade, a sua igreja recebeu um grupo de missionários e aquele que ficou com as crianças trabalhava na antiga Alemanha Oriental. Ele ensinou uma pequena canção, que é na verdade João 14.6, em alemão, inglês, português e em russo. Em seguida o missionário pediu para as crianças orarem com ele pelas igrejas perseguidas. Ali a semente da Palavra de Deus começava a ser plantada no coração do André. Mais tarde, entre 10 e 13 anos, começou a ler uma série de livros cristãos para jovens, chamada “Yuri”, da autoria de Myrna Grant. Os livros contam a história de Yuri, um jovem batista que morava em Moscou durante o regime comunista da década de 70/80. Esta série de livros o encantou e o levou a pesquisar sobre a antiga União Soviética. Nos trabalhos escolares ou pelo simples prazer de aprender mais sobre os povos eslavos, André foi fundo na pesquisa. Aprendeu muito, pois estava fascinado e atraído por aqueles longínquos países e povos com suas histórias e culturas. Foi também nessa época que começou a experimentar certo desencanto do modo como as pessoas viviam o cristianismo. Por isso ele se afastou da igreja em sua adolescência, mas afirma nunca ter ficado decepcionado com Jesus. Na verdade Jesus sempre esteve presente em sua vida. A semente fora lançada e pacientemente Deus se revelava ao André como um Pai amoroso.



André em Juiz de Fora, com os pastores Zulmir, José Alencar e Neiva.

Mas voltando a Mar de Espanha, certo dia, em meio ao trabalho com o gado, André foi surpreendido com uma voz clara: “De pastor de gado a pastor de homens!” Assustado e irritado pensou: “Ah! Deus, o que é isso? Eu? Vai tomar banho!” Pois o André queria continuar vivendo do seu jeito, tomando suas próprias decisões, mesmo que uma delas fosse “ajudar na igreja e tentar andar com Cristo”. Assim, ainda duvidando daquela surpreendente revelação de Deus, André continuou frequentando os cultos. Então, duas pregações do pastor foram decisivas para a confirmação da vontade de Deus para sua vida – uma era sobre o jovem rico (Mat.19,16-22) e outra era a parábola do filho pródigo (Lucas 15,11-32). Daí, com a indicação do Pr. Zulmir, André sondou algumas possibilidades e finalmente optou em estudar Teologia na Fatev, em Curitiba. De novo o “carioca” (como foi apelidado), deixa tudo para trás e muda de estado novamente.


Fatev - Faculdade de Teologia Evangélica em Curitiba PR

Chegando a Fatev André percebeu que iria conviver com pessoas de várias partes do Brasil, do Sul ao Nordeste e a expectativa de novos aprendizados era algo excitante! Hoje ele constata que foi muito bom para alargar seus horizontes e perceber a diversidade e grandiosidade do Reino de Deus. Mais uma vez ficou evidente seu jeito simpático e comunicativo de se aproximar das pessoas e conhecer suas histórias de vida. Logo no primeiro ano foi presenteado com amizades que perduram até hoje. Foi um período enriquecedor também para viver melhor a fraternidade cristã e praticar o discipulado mútuo.
Assim é que na Fatev, cada aluno precisa buscar o seu próprio sustento. E assim André prosseguiu: estudando, trabalhando e mantendo contato com sua comunidade luterana de origem.


Retiro, durante o carnaval de 2004, com a Juventude Luterana de Juiz de Fora.
Nessa foto, André está no centro, marcado com um círculo na cabeça.


André, o primeiro à esquerda, em mais um retiro durante o carnaval de 2006 - com jovens luteranos de Juiz de Fora.

Em meados do 2° ano na Fatev, André foi prestigiar a 5ª Conferência Missionária da Igreja Luterana do Redentor, no centro de Curitiba. Lá ele visitou vários estandes de agências missionárias até que se deparou com um, que lhe chamou a atenção: o estande da JOCUM (jovens com uma missão)- Projeto Rússia, e entre muitos artesanatos, fotos e cartazes, havia um livrinho da série Yuri. Ele então se aproximou e começou a conversar com os missionários a respeito da Rússia, da queda do antigo regime soviético, do dia a dia das pessoas e sobre a Igreja naquele país. Os missionários lhe mostraram um quadro de muita desilusão do povo russo com seus governantes, das dificuldades de um regime mais democrático e das armadilhas das drogas, do alcoolismo e prostituição que a sociedade russa enfrenta. André ficou todo o restante da noite conversando com os missionários, e no fim comprou o livro Yuri e outro chamado Ivan, o soldado cristão, também da autoria de Myrna Grant. Voltando para casa ele deu uma olhada rápida nos livros e foi dormir, mas não conseguiu. Alguma coisa estava acontecendo. Estaria chegando a hora de germinar aquela sementinha plantada em seu coração aos seis anos de idade, quando os missionários da antiga Alemanha Oriental visitaram sua igreja? André não conseguia tirar da cabeça as conversas que tivera com os missionários naquela noite. Foi então que percebeu e orou a Deus: “Senhor eu quero andar conforme a Tua vontade, se o Senhor está me chamando para o trabalho missionário na Rússia, que as portas se abram e a paixão só aumente. Mas se for coisa minha, então que as portas se fechem e a paixão esfrie”.


Olhos e pensamentos voltados para o leste europeu

No decorrer daquele ano André voltou a pesquisar sobre os países do Leste Europeu, só que desta vez pela Internet. Ele encontrou vários sites ótimos que falavam da cultura, da história e curiosidades desses países. Encontrou até um curso da língua russa para baixar gratuitamente. No final daquele ano decidiu conversar com o Pr. Arzemiro Hoffman, o professor responsável pela área de missão na Fatev, e com quem tinha uma grande empatia e amizade. Ficou sabendo então de um pastor americano que atuou com universitários em Porto Alegre nos anos 70, e que no momento estava muito envolvido em missões no Leste Europeu. Entrando em contato com o Pr. Donald Richmann, logo soube que ele estava trabalhando com igrejas luteranas em vários países do Leste Europeu, já há muitos anos. Os e-mails foram sendo trocados e André começou a sentir de maneira mais clara que era para lá que Deus estava chamando-o para ser missionário.


André em viagem missionária a uma aldeia indígena, no Paraná - com colegas da Fatev

Alunos preparados para uma missão transcultural no futuro? Com certeza, na teoria. Ainda assim André deve ter surpreendido alguns na Fatev quando revelou o seu chamado para pregar o Evangelho na Rússia, pois ele mesmo não se considerava um “evangélico típico”. Na verdade ele se via como um cristão com um jeito mais “descolado” de agir e falar. Entretanto a revelação do seu chamado não foi tão surpreendente assim para aqueles que já conheciam a sua história de vida.
Já no 3° ano da Fatev André conversou com o Missionário Whanderson Perobelli, que é o gerente de projetos missionários da Missão Zero, agência missionária da IECLB fundada em 1989. De cara a resposta foi “não”, por não terem verba suficiente para uma missão tão longe e um passo tão audacioso. Mas logo depois, foi surpreendido com um convite do Missionário Whanderson para uma reunião na Missão Zero. Conversaram mais uma vez a respeito da possibilidade de um envio do André como missionário para o Leste Europeu. A partir daí definitivamente as portas começaram a se abrir para este projeto. Em outubro de 2008 André viaja para o Leste Europeu junto com os pastores Donald Richmann e Sérgio Schaefer (pastor luterano, brasileiro e um dos fundadores da Missão Zero) para uma viagem de reconhecimento e na expectativa de alguma igreja o receber como missionário. No meio da viagem André recebe a confirmação de seu chamado com as palavras contidas em Mateus 9.36. e no final da viagem duas igrejas se mostraram abertas ao envio, uma na Rússia e outra na região de Odessa, na Ucrânia. É para essa última que em meados de 2010 André está sendo aguardado para trabalhar junto com uma equipe que deverá implantar o 1° Centro de Treinamento de Liderança Leiga para as igrejas luteranas de todo o Leste Europeu.


Viagem de reconhecimento em outubro de 2008 - Europa Oriental

Mais do que apreciar as cores do outono europeu é ver seus sonhos e projetos missionários tomando forma e cores de realidade...


André e Pr. Sérgio, ao fundo o rio Volga - Ulyanovsk

Após a viagem ao Leste Europeu, ainda era necessário vencer algumas etapas importantes aqui mesmo no Brasil.


André com nordestinos de Muriti, CE - na festa de despedida

Durante o ano de 2009 André pastoreou uma igreja no nordeste, ganhando experiência e maturidade. Enquanto isso, aperfeiçoava o inglês e aprendia um pouco do ucraniano.

Agora, enquanto aguarda os trâmites burocráticos para entrar no país (Ucrânia), André conta com nossas orações e apoio. Eu quero continuar fazendo parte desta surpreendente história de Deus com o André e o seu povo no Leste Europeu...

A quem mais interessar acompanhar esta história, contatos com André podem ser feitos através do seu e-mail:
andre.ucrania@gmail.com

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O inesperado acontece

Com uma das filhas morando na Suíça, sempre considerei possível uma nova visita ao Velho Mundo. O que eu não podia imaginar é que isso aconteceria nas férias de janeiro/2010, em pleno inverno europeu! Tudo começou quando meu genro foi procurado lá na Suíça por seu ex-chefe aqui do Brasil. Recebeu uma proposta, digamos irrecusável, para trabalhar de volta na empresa. A proposta de trabalho era boa, mas urgente, e isso causou um reboliço na vida do casal, pois Kátia também tinha a sua agência onde trabalhava como promotora de turismo. Então, antes que deixassem o país, nós resolvemos aproveitar a chance de viajar para Suíça, tendo a casa da Kátia como “base” de nossa temporada e aproveitar todo know-how e mordomias oferecidas por ela. Kátia foi a nossa guia de turismo - fez os roteiros, reservas de hotéis, comprou passagens – tudo bem pesquisado de modo a sair confortável e razoável para o nosso bolso.

Nunca se sabe
Gostaria de dedicar esta postagem aos meus alunos do Ensino Médio, e também – por que não – aos ainda “baixinhos” do 6º ano (antiga 5ª série) do Ensino Fundamental, que tenho o privilégio de ensinar este ano. Afinal nunca se sabe quando a sorte de uma viagem internacional vai bater à sua porta. É preciso estar atento e preparado. Algumas informações podem ser úteis e prepará-los para esta aventura: uma viagem para outro continente!
Assim, três brasileiros residentes em Juiz de Fora, MG, resolveram partir rumo ao velho continente, um pouco temerosos com as notícias do inverno rigoroso..., mas resolutos!


Eugênio (filho), Neiva (mãe), Zulmir (pai)

Optamos por uma companhia aérea espanhola, portanto o voo seria Rio - Zurique com uma escala em Madri. Como de praxe todas as comunicações a bordo foram em espanhol e em inglês. Então, depois de dez horas de voo, chegamos em Madri. A Espanha integra a União Europeia e sendo o nosso primeiro destino, teríamos que passar pela famosa triagem. Preparados, mostramos nossas passagens de volta para o Brasil, nosso roteiro turístico e reservas de hotéis, além da apólice do seguro saúde para o período. Assim, provando que éramos apenas turistas e não aventureiros para ficar clandestinamente, passamos sem problemas. A comunicação em espanhol/português foi tranquila também.


Eugênio no aeroporto Madrid-Barajas

Reparem no moderno e enorme aeroporto de Madri: placas e indicações, tudo em espanhol e em inglês. (clique duas vezes sobre a foto para ver melhor) Assim funciona em todos os aeroportos internacionais: a mensagem aparece na língua oficial do país e em inglês.
Como só prosseguiríamos viagem dentro de oito horas, aproveitamos o tempo para visitar o centro de Madri. Com o mapa e indicações do trajeto a percorrer no metrô, partimos para o centro da cidade. (Mapas da rede metroviária e de estradas a gente consegue através do "Google Maps").

Alguns dados sobre a Espanha: - Nome oficial: Reino da Espanha - Idiomas: espanhol, basco, galego e catalão - Principais cidades: Madrid, Barcelona, Valência, Sevilla, Bilbao e Zaragoza. - Moeda: Euro - População: 46 milhões aproximadamente - Área: 504.645 km²

No centro de Madri, passando pela Plaza de Espanha, Jardins de Sabatini, Palácio Real, Catedral de La Almudena e Plaza Mayor, pudemos apreciar monumentos majestosos e prédios imponentes – legados de um passado glorioso.




No fundo: Monumento a Dom Quixote com seu fiel escudeiro.

Enquanto estudante do Ensino Fundamental e Médio (antigos Ginásio e Clássico), eu adorava frequentar a Biblioteca Pública na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte. Um dos livros que peguei emprestado e li, foi o do escritor espanhol Miguel de Cervantes, nada mais, nada menos que a famosa obra 'Dom Quixote". O monumento faz juz à importância da obra literária.


A catedral


O Palácio Real


Plaza Mayor



A Plaza Mayor é quadrada e cercada de prédios antigos. Aquele 14 de janeiro/2010 estava bem frio - em torno dos 5ºC - e mesmo assim havia bastante movimento: praça de alimentação, artistas de rua... Imagina isso no verão!
Bem, o dia passou e à noite prosseguimos viagem, mais duas horas de voo. Com um pouco de atraso, chegamos em Zurique (Suíça) onde Kátia nos esperava. Vale a pena saber um pouco sobre esse país.

Suíça (em alemão: Die Schweiz; em suíço-alemão: Schwyz ou Schwiiz; em francês: Suisse; em italiano: Svizzera; em romanche: Svizra), oficialmente Confederação Suíça É uma república federal composta por 26 estados chamados de cantões, com Berna como a sede das autoridades federais. (Fonte de informação: Wikipedia)

É impressionante que um país pequeno em extensão territorial - 41.285 km², tenha quatro línguas oficiais! E mais, mesmo quem fala o alemão padrão (Hoch Deutsch), não entende o alemão suíço! Mas nas escolas eles aprendem o Hoch Deutsch, por isso Kátia pôde se comunicar com eles quando se mudou para lá, proveniente de Munique (Alemanha).


Zurique

A Suíça é um país sem costa marítima. A população suíça é de aproximadamente 7,8 milhões de habitantes e concentra-se principalmente no planalto, onde estão localizadas as maiores cidades do país. Entre elas estão as duas cidades globais e centros econômicos de Zurique e Genebra. (Wikipedia)


Passeando no centro histórico de Zurique


Bahnhofstrase, a principal e mais sofisticada área de compras de Zurique.
O "tram" parece um bonde moderno.


Na tradicional confeitaria e chocolateria Sprüngli


Atrás, a Catedral de Zwingli, o líder da Reforma protestante na Suíça, século XVI.

No dia seguinte chegou a vez de conhecermos Lucerna. Situada nas margens do rio Reuss e banhada pelo Lago dos Quatro Cantões, Lucerna possui muitas indústrias: metalúrgica, química, têxtil, madeireira e de aparelhos eléctricos. A cidade é também um dos principais centros turísticos do país e sede de festivais internacionais de música. (Wikipedia)


Sob a bandeira suíça, o lago de Lucerna é muito apreciado, principalmente no verão


A Torre de Água e a ponte de madeira "Kapellbrücke", símbolos de Lucerna.

Suíça tem uma longa história de neutralidade, não estando em estado de guerra internacionalmente desde 1815.
O país é sede de muitas organizações internacionais como o Fórum Econômico Mundial, a Cruz Vermelha, a Organização Mundial do Comércio e o segundo maior Escritório das Nações Unidas.
A nível europeu, foi um dos fundadores da Associação Europeia de Comércio Livre e é parte integrante do Acordo de Schengen.
A Suíça é constituída por quatro principais regiões linguísticas e culturais: Alemão, Francês, Italiano e Romanche. Os suíços, por conseguinte, não formam uma nação no sentido de uma identidade comum étnica ou linguística. O forte sentimento de pertencer ao país é fundado sobre o histórico comum, valores compartilhados (federalismo, democracia direta e neutralidade) e pelo simbolismo Alpino. A criação da Confederação Suíça é tradicionalmente datada em 1 de Agosto de 1291.


Suíça - diferente de tudo que já tínhamos conhecido até então em termos de país!

Não poderíamos deixar de conhecer Berna, a capital da Suíça. O Centro histórico medieval foi intitulado patrimônio histórico da humanidade pela UNESCO.


Sede do Parlamento em Berna


Em Berna, a casa onde Einstein morou.


Eugenio provando queijos suíços

Passando pelo vale do Emmen, visitamos a queijaria Emmentaler, onde é possível acompanhar o processo da fabricação do queijo - da plataforma de observação ou através de vídeo e áudio (na língua escolhida: inglês, alemão, francês). Infelizmente o nosso português não é conhecido na Europa, apesar de Portugal fazer parte da União Europeia.

Um destino turístico escolhido pelo Eugênio foi o Tirol - uma região (estado) da Áustria, ao sul. Ali, as montanhas (Alpes) cobertas de neve nessa época do ano, atraem muitos esquiadores.


Em Imst: pista de esqui e teleférico

Mas antes de chegarmos em Imst (Áustria), passamos por território alemão e paramos em Lindau - uma cidade muito antiga e charmosa às margens do Lago Bodensee.


Lindau - Alemanha

A bandeira com o círculo de estrelas indica que o país pertence à União Europeia: trânsito e comércio livres entre os países, uma moeda para todos: o Euro.


Lindau: ruas estreitas com calçadas de paralelepípedo.


Em Lindau, uma casa de 1434

Da charmosa Lindau, mais duas horas e meia de viagem de carro, chegamos em Imst, na Áustria. Pedrão (apelido dado por nós) nos hospedou no apartamento que ele construiu sobre sua casa justamente para essa finalidade: receber turistas e esquiadores de toda Europa.


No teleférico, sobre a rampa dos esquiadores


Imst: sol, céu azul, frio, muita neve


Eugênio e Kátia



Innsbruck - a capital do Tirol - a 40 minutos de carro de Imst, foi o nosso destino em uma tarde nublada, quando experimentamos alguns flocos de neve pela primeira vez.


Em Innsbruck, a capital do estado do Tirol (Áustria)


O famoso telhado dourado no centro histórico de Innsbruck

Ao deixarmos a Áustria, de volta para a Suíça, pegamos outro um outro caminho pelos Alpes e adentramos o cantão chamado Grisões, chegando em Sshuls, cuja língua é o reto-romano (romanche).
Na estância termanal Engadin Bad Scuol, pudemos relaxar durante três horas, nas piscinas térmicas, hidromassagem, sauna, fontes, etc.


Neiva e Kátia na piscina aquecida em Scuol


A piscina principal se estende para uma área ao ar livre

Apesar do frio e da neve ali na beira da piscina, ninguém morria de frio porque a água era bastante quente para fazer subir um vapor sobre nossas cabeças.


Essa parte externa da piscina tinha uma correnteza bem forte.

Pela primeira vez experimentei como é difícil nadar contra a correnteza - literalmente.


Experimentando uma comida típica dos Grisões


Kátia e Zulmir que falam o alemão, não conseguiram entender muito do cardápio l e nem do cardápio 2; mas o certo é que todos aprovamos a deliciosa comida regional.


Schuls em pleno inverno


Na volta o termômetro do carro marcava a temperatura externa: -13ºC
Ainda bem que era lá fora...

A Suíça é um dos países mais ricos do mundo relativamente ao PIB per capita calculado em 43.196 de dólares americanos. Zurique e Genebra foram classificadas como as cidades com melhor qualidade de vida no mundo, estando em segundo e terceiro lugar respectivamente.

Para visitar Genebra, um pouco mais distante, optamos por uma viagem de trem.
Como turistas, temos a opção do "Swiss Pass" que além de poder viajar de trem, metrô, barco, nos dá direito à entrada gratuita em alguns museus. Mas para quem preferir viajar de trem por uma extensão maior, na Europa, existe o Euro Travel Pass.


Em Genebra

Genebra (em francês: Genève, em alemão: Genf, em italiano: Ginevra e em Romanche: Genevra) é a segunda mais populosa cidade da Suíça (após Zurique). Situada onde o rio Rhône sai do Lago Genebra, é a capital da República e Cantão de Genebra.


Em frente ao escritório das Nações Unidas em Genebra

Genebra pode ser considera o centro mundial da Diplomacia e da Cooperação Internacional, e uma cidade global, principalmente por causa da presença de numerosas Organizações Internacionais, incluindo uma das Agências das Nações Unidas e da Cruz Vermelha. Convenções que dizem respeito ao tratamento de não-combatentes de guerra e prisioneiros de guerra, foram assinadas em Genebra.


Em frente ao escritório da ONU: bandeiras de todos os países.
A enorme cadeira com uma perna quebrada é para alertar o mundo sobre os inúmeros mutilados pelas minas terrestres deixadas por guerrilheiros, em países africanos.

Não estava nevando naquela tarde em Genebra, mas um vento gelado nos afugentou da praça em poucos minutos. Resolvemos visitar igrejas e museus.


Igreja de São Pedro, conhecida como a igreja de Calvino

Calvino foi o fundador da igreja protestante na França - dando origen à Igreja Presbiteriana. Ele morreu em Genebra, em 1564.


Interior da igreja de São Pedro, Genebra


Um vitral maravilhoso no interior da igreja: Jesus abençoando crianças

Da imponente igreja de São Pedro, cheia de detalhes arquitetônicos e históricos - como a cadeira de Calvino, nos dirigimos ao Museu Internacional da Reforma. Só para lembrar, há quatro línguas oficiais na Suíça. Estamos no Cantão Genebra onde o francês é a língua falada. Na recepção do museu conseguimos nos comunicar em inglês, mas depois... foi meio complicado.


Na entrada do museu, uma estátua de Calvino - com a cara do Eugênio

Manuscritos da época, pinturas, objetos... toda essa velharia está maravilhosamente apresentada no museu, de forma atraente, com recursos audio-visuais modernos. Só lamentamos mesmo que era tudo somente em francês e por isso perdemos muito! Zulmir, luterano, descendente de alemães, não se conformou de escutar o Lutero falando só em francês!


Neiva entre Calvino e Lutero

Nosso "swiss pass" ainda nos garantia mais três dias de viagem de trem. Nosso próximo destino: Zermatt


Zermatt

Esta antiga vila suíça localizada no vale, aos pés do Mont Cervin (Matterhorn, em alemão), cercada por espetaculares montanhas, com todo o charme de um típico vilarejo suíço, onde o tráfego de carros é proibido e o transporte é feito por cavalos (charretes e carroças) e carros elétricos. As áreas de ski, muitas delas abertas durante todo o ano, se entrelaçam e é possível esquiar dias sem passar duas vezes pela mesma pista. Zermatt possui cursos de ski, heliskiing, além de um "après-ski" muito animado.

Bem cedo, no dia 28 de janeiro, nos dirigimos à estação ferroviária em Zurique, com destino à Chur, onde pegamos outro trem: o Expresso Glacial. O tempo prometia muito frio e de cara, pegamos uma nevasca. De casa até a estação não foi fácil puxar as malas!


Caminhando sob nevasca


Três brasileiros estranhando a neve


Paisagem observada de dentro do trem

Uma vez dentro do "expresso glacial", um trem panorâmico, fomos subindo os Alpes com destino a Zermatt. O ambiente interno aquecido nos deixava bem confortáveis, no meio de tanto gelo e neve.


Kátia e Neiva no "Glacier Express"


Subindo os Alpes, sentido sul.


Cachoeira congelada


Almoço e sobremesa servidos a bordo

O trem continuou tranquilamente, às vezes fazendo uso de rodas dentadas (cremalheiras), próprias para subidas íngremes, mas nós paramos de tirar fotos para almoçar. Zermatt, na divisa com a Itália, ainda estava longe.


Neve acumulada nos telhados das casas

Chegando em Zermatt ficamos admirados com o intenso movimento dos esquiadores no centro da vila. A estação dos esportes de inverno estava em alta. A neve já endurecida nas ruas e calçadas, exigia cuidados para não escorregar e levar um tombo.


No centro de Zermatt, onde ouvíamos as pessoas falarem o alemão - língua oficial do cantão.


Um típico chalé suíço, a madeira é de um tipo de pinus escuro

O cão São Bernardo é originário da Suíça. Encontramos um filhotinho deles numa loja de souvenirs, talvez acomodado ali para encantar os turistas, como nós.


Filhote de São Bernardo, com apenas dois meses de idade


Filhote de São Bernardo brincalhão


Em Zermatt só é permitido carros pequenos e elétricos

Pena... o tempo permaneceu nublado. Não pudemos fazer o passeio de teleférico até a montanha Matterhorn.

O Matterhorn (francês Mont Cervin, italiano Cervino) é talvez a montanha mais conhecida dos Alpes. Localizado na fronteira da Suíça com a Itália, sua graciosa silhueta domina a cidade suíça de Zermatt e a cidade italiana de Breuil-Cervinia, no Val Tournanche.
A sua forma inspirou a cultura ocidental em numerosas ocasiões, como por exemplo o formato do chocolate Toblerone, que tem a sua imagem estampada na embalagem.



O passeio no teleférico ficou só na intenção

Zermatt é muito antiga. Alguns chalés são de 1400. Nessa época, eles eram construídos sobre pilares de pedra. No "porão", os animais eram abrigados no inverno.


Chalés medievais


E lá vem a carroça rua abaixo, com direito a sininho


com a bandeira da Suíça e cavalo enfeitado
Essa foi uma cena que nos colocou dentro do século XV mais ou menos.


Comendo fondue, na noite gelada de Zermatt

À noite, nada como comer algo adequado para o clima frio: fondue. Mas tínhamos que voltar. No dia seguinte demos adeus a Zermatt com seus encantos e pessoas bem agasalhadas para aguentar o frio de congelador.


Em Zermatt: ruas movimentadas e pessoas elegantemente agasalhadas



Essa foi a foto que não tiramos. A famosa montanha Matterhorn ficou escondida no meio das nuvens e nevoeiro. Quem sabe um de nós ainda chega lá no futuro!

Para brasileiros é impossível ir a Europa e não visitar Paris, a Cidade Luz - esse foi o nosso último destino turístico.


LIBERTÉ - ECALITÉ - FRATERNITÉ

Logo abaixo do relógio, podemos ler: Liberdade, Igualdade, Fraternidade - os ideais da Revolução Francesa. Um importante legado para a humanidade!


Rio Sena - Torre Eiffel


A igreja Notre Dame


Maquete da igreja

A maquete nos permite ter uma ideia da igreja como um todo.
À partir do ano 1.163, duzentos anos foram necessários para a construção e conclusão do templo que agora é apenas um museu, um monumento - maravilhoso no seu estilo gótico - diga-se de passagem.


Notre Dame, interior da igreja


Pátio interno do Museu Louvre

O Museu do Louvre (Musée du Louvre), instalado no Palácio do Louvre, em Paris, é um dos maiores e mais famosos museus do mundo. Localiza-se no centro de Paris, entre o rio Sena e a Rue de Rivoli. O seu pátio central, ocupado agora pela pirâmide de vidro, encontra-se na linha central dos Champs-Élysées, e dá forma assim ao núcleo onde começa o Axe historique (Eixo histórico).


Pátio central do Louvre, pirâmide de vidro

É no Museu do Louvre onde se encontra a Mona Lisa, a Vitória de Samotrácia, a Vénus de Milo, enormes coleções de artefatos do Egito antigo, da civilização greco-romana, artes decorativas e aplicadas, e numerosas obras-primas dos grandes artistas da Europa como Ticiano, Rembrandt, Michelangelo, Goya e Rubens, numa das maiores mostras do mundo da arte e cultura humanas. O museu abrange, portanto, oito mil anos da cultura e da civilização tanto do Oriente quanto do Ocidente. (Wikipedia)
Pena! Só tivemos uma ideia da dimensão do Museu. Estava fechado naquela terça-feira. Vamos precisar de voltar a Paris mais uma vez e reservar um ou dois dia para visitar o Museu do Louvre.


Torre Eiffel - imponente sob qualquer ângulo


Arco do Triunfo

O Arco do Triunfo (francês: Arc de Triomphe) é um monumento, localizado na cidade de Paris, construído em comemoração às vitórias militares de Napoleão Bonaparte, o qual ordenou a sua construção em 1806. Inaugurado em 1836, a monumental obra detém, gravados, os nomes de 128 batalhas e 558 generais. Em sua base, situa-se o Túmulo do Soldado Desconhecido (1920). O arco localiza-se na praça Charles de Gaulle, uma das duas extremidades da avenida Champs-Élysées.


Sob o Arco do Triunfo

A Praça Charles de Gaulle, onde está o Arco do Triunfo, forma uma enorme rotatória para os carros - um trânsito meio caótico, típico de cidades grandes. Dali caminhamos pela Avenida Champs-Élysées até a outra extremidade.

Champs-Élysées ("Campos Elísios") é uma grande e famosa avenida em Paris. Com os seus cinemas, cafés, e lojas de artigos de luxo, a Champs-Élysées é considerada a mais bela avenida de Paris.

Parece que os acontecimentos mais importantes da vida dos parisienses acontecem nessa avenida. Na nossa caminhada, chamou-nos atenção uma loja da Peugeot, com modelos de carros luxuosos e vanguardistas. Mais adiante, o passado preservado em palácios e monumentos.


Ponte Alexandre III


Hôtel des Invalides

O "Hôtel National des Invalides", ou Palácio dos Inválidos, é um enorme monumento parisiense, cuja construção foi ordenada por Luís XIV, em 1670, para dar abrigo aos inválidos dos seus exércitos. Hoje em dia, continua acolhendo os inválidos, mas é também uma necrópole militar e sede de vários museus.
Entre as personalidades ilustres lá sepultadas encontra-se Napoleão Bonaparte.



Igreja "Sacre Coeur"

A Igreja dedicada ao sagrado coração de Maria foi o nosso último ponto turístico visitado, mas antes de retornar a Zurique, mais uma visita à Torre Eiffel, a noite.






A Cidade Luz vista do alto da Torre Eiffel

Mas voltar era necessário. Assim deixamos Paris e retornamos a Zurique de onde fizemos o mesmo trajeto de volta: Zurique - Madri - Rio de Janeiro; e finalmente Juiz de Fora. Era noite quando chegamos no Lar Doce Lar!


Juiz de Fora, MG - Igreja no Morro da Glória.

Uma conclusão importante para meus alunos. Com tanta diversidade linguística, é imperativo adotar uma língua comum para todos. Essa língua é o inglês. Nos aeroportos, hotéis, pontos turísticos, em qualquer lugar, se você pode se comunicar em inglês, então pode por o pé na estrada, ou melhor, no resto do mundo.

Até a próxima.