domingo, 18 de maio de 2008

O Dia das Mães

O DIA DAS MÃES
Há poucos dias foi comemorado o Dia das Mães. Penso que apesar da data estar muito “comercializada”, não deixa de ser um dia importante para nós, mães e filhas também. Normalmente o dia é marcado por visitas, telefonemas, homenagens e manifestações de carinho por parte dos filhos. Isso é muito bom, nós gostamos e precisamos desse carinho das crianças – sejam elas pequenas ou já crescidas! Eu, pelo menos, não deixei de registrar o último 11 de maio – Dia das Mães – quando estive no Rio de Janeiro com meu filho Ernesto e minha nora Tatiana. Também amei ouvir as palavras afetuosas de afirmação (validação) que chegaram por e-mail e telefonemas dos que não pude abraçar.




O DESAFIO
Mas, como mães, podemos também aproveitar a ocasião para refletir um pouco sobre nossas atitudes e maneiras de agir na família, especialmente na relação com nossos filhos. Isso significa um desafio para as mães, ainda mais nessa data tão enfeitada com lindos presentes e as mais belas e rebuscadas declarações de afeto e amor. Quase acreditamos que somos seres angelicais...
Mas aceitamos o desafio!
Eu aceitei o desafio de fazer teatro com um grupo de mulheres da OASE (Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas) para apresentação no 04 de maio numa festa em homenagem às mães. Elas também aceitaram o desafio de que a encenação deveria transmitir uma mensagem para reflexão.
Então com algumas das minhas anotações e idéias trocadas com os próprios filhos, especialmente com Ernesto e Tatiana, as cenas foram tomando forma. As “atrizes” se esforçaram e também deram contribuições importantes durante os ensaios.

O RESULTADO

"MÃES E FILHOS - NEM TUDO SÃO FLORES”

PRIMEIRA CENA: Mãe super-protetora (muito preocupada, ela cerca os filhos de todas as formas possíveis, até causando constrangimento na frente de colegas deles – tudo com a intenção de protegê-los dos perigos).

Rute Thielmann no papel de mãe, Sebastiana no papel de filha e Shirlei no papel de coleguinha da filha.

(A mãe está de avental preparando um lanche quando a filha chega com uma colega)

- Oi, mãe. Essa é Mariana, nossa nova vizinha da frente; ela é minha colega de sala também. Legal, né? Nós viemos pegar o CD do Kid Abelha e daí vamos para a casa da Rita escutar música.
- Mas filha, você está chegando da escola agora e precisa antes de tudo tomar um banho e comer este lanche nutritivo que a mamãe está preparando.
- Ah! Não se preocupe, hoje eu comi a merenda que foi servida na escola. Não estou com fome, não. O banho, eu tomo depois, tá?
- Filha, eu não acredito que você vai recusar este lanchinho que estou fazendo com tanto amor. (magoada). Além do mais já reparei que você não tem se alimentado direito e está até ficando magra. Aonde você vai parar? Outra coisa, a Rita... Bem, a Rita mora a quatro quadras daqui, como é que você vai voltar depois, já vai estar escuro.
- Mãe, eu prometo estar de volta lá pelas oito horas e a gente anda em grupo, não tem perigo, não. Ah! Mãe, vai , deixa... Prometo ajudar na cozinha, depois.
- Está bem, está bem, mas não fale com estranhos na rua. Leve o guarda-chuva também, pode chover. Ah! Não esqueça o seu celular. Está com ele aí? Por via das dúvidas, leve o meu também. (entrega mais um celular à filha).
- Tchau, mãe.
-Tchau D. Solange.
- Tchau... Mãe sofre... (suspirando)



SEGUNDA CENA: Mãe dominadora (ela corre o dia inteiro, com ou sem motivo. Quer resolver tudo sem perguntar nada a ninguém. Dessa forma impede que os filhos tomem as suas próprias decisões, que cresçam e amadureçam)

Arlete Pezzarini no papel de mãe e Jane T. Longo no papel de filha

(A mãe vai entrando no quarto onde a filha está aprontando para sair.)
- Filha, você já olhou para o relógio? Você não pode chegar atrasada nessa entrevista. Já pensou com que cara eu vou ficar com o Dr. Tadeu? Afinal foi em consideração a minha pessoa que ele aceitou arrumar esse emprego para você.
- Mamãe, eu tenho relógio e estou controlando o meu tempo.
- Janice, eu já te disse que esse par de brincos não combina com você. (tira os brincos da mão de Janice). Use estes. Outra coisa...
- Mamãe, desse jeito eu vou me atrasar. Dá licença, deixa eu me arrumar sossegada.
- Oh! Filhinha (se fazendo de vítima). Mamãe só quer ajudar. Eu estou tão feliz que você vai ganhar seu próprio dinheiro. Olha, eu tenho uns planos... Nós vamos trocar os móveis do seu quarto. Eu até já passei numa loja especializada em quarto de mocinhas. Vai ser tudo em cerejeira. A cortina tem que combinar com a cor da parede. Mas pensando bem, que tal a gente pintar o quarto antes? Eu quero que tudo fique perfeito...
(Dona Estela continua sonhando e falando, nem percebe que Janice ficou pronta e saiu.)
- Oh! Ela se foi e nem me deu tchau. Mãe sofre!

TERCEIRA CENA: Mãe obediente (esse tipo de mãe não impõe limites nem respeito. A casa é uma bagunça porque cada um faz o que bem entende. A mãe se submete às vontades dos filhos, para não perdê-los.)

Marilene Munck no papel de mãe e Raquel Thielmann como filha

(Catarina entra na cozinha, abre a geladeira e fica muito nervosa)
- Manhê...(gritando) Cadê minha coca zero com limão? Eu estou ficando cansada, nada funciona direito nessa casa. Que droga!
- Filhinha, não estressa não, eu vou correndo ali no Bahamas e num instante estou de volta com o seu refrigerante geladinho, como você gosta, tá bem?
- Acho bom. Você passou minhas roupas? Está lembrada de que vou precisar de todas para passar o fim-de-semana na chácara com meus amigos?
- Claro. Mas me empresta sua sombrinha, está começando a chover.
- Cai fora, velha. Você acha que vou emprestar minha sombrinha nova pra você. Do jeito como você vive caindo, vai levar um tombo ali na esquina e arrebentar com a minha sombrinha. Eh, eh, se vira.
(A mãe pega a carteira e sai apressada enquanto a filha fica cantarolando)


NOSSA MENSAGEM FINAL:
Somos mães e temos assumido nossos filhos todos os dias, enquanto vivermos.
Com nossos erros e acertos, somos mães, simplesmente. Amamos nossos filhos e trabalhamos no sentido de ajudá-los a serem felizes.
Porém nosso maior trabalho às vezes, é reconhecer nossas próprias falhas e fraquezas.
Mães e filhos(as), precisamos todos estar sempre atentos e dispostos a corrigir atitudes erradas e manias. Com certeza Deus formou a família para que nela tenhamos supridas todas as nossas necessidades e sejamos felizes! :-)
Até a próxima ;-)