segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Pais, mestres e aprendizes... sempre!

PAIS, mestres e aprendizes... sempre!

Quero dedicar esta reflexão a quatro pessoas. Permitam-me apresentá-las:
Rosemeri – psicóloga judiciária, mestre em Educação Comunitária com Infância e Juventude.
Kátia – advogada,com especialização (LLM) em Direito Econômico Europeu e Internacional – pela Universidade de Munique.
Ernesto – engenheiro, mestre em Engenharia de Produção, com especialização em Gestão e Inovação.
Eugênio – bacharel em Direito, trabalha no Tribunal de Justiça de Minas Gerais.

Houve um tempo em que vocês, filhos, tinham de aprender tudo. Nós, seus pais, fomos seus primeiros mestres. Foi um período marcante, bonito e às vezes engraçado. Como poderíamos esquecer da Rose, em fase de alfabetização, escrevendo no seu caderno: “3.00 h. – eu lãxo”. Será que ela entendeu porque o correto teria que ser “eu lancho”? Ou daquela vez que a Kátia estava aprendendo a orar o Pai Nosso e dizia: “não nos deixes cair um pedação.” Realmente um “pedação” de qualquer coisa que caísse sobre nossas cabeças, representava um perigo! (Acho até que daria para escrever um livrinho se fôssemos registrar tudo dessa família que tinha duas meninas – uma de quatro anos e outra de quase dois – quando nasceram os dois maninhos... gêmeos univitelinos). Mas vocês aprenderam tudo ligeirinho. Os gêmeos num instante já sabiam “chicá ente” (= escovar os dentes) e ainda tão baixinhos, mas já se esforçavam para, na ponta dos pés, fazer xixi dentro do vaso! Houve uma época que eu tinha que cortar 80 unhas (dez das mãos e dez dos pés de cada um dos quatro). Mas isso não foi o mais difícil. Acho que o papai Zulmir passou aperto maior quando precisou explicar para os meninos o que era Trindade. Usou uma analogia – a água nos seus três estados: sólido, líquido e gasoso. Tudo parecia entendido, quando o Ernesto viu uma chaleira fumegando no fogão e disse: “eu não sabia que Deus morava na chaleira também”! A adolescência chegou com aquela explosão de energia e alguns desatinos, principalmente por parte dos dois piás (termo gaúcho usado para meninos), que, às escondidas, iam com os amigos pular da ponte no rio. Isso foi lá pelo interior do Rio Grande do Sul. Mas foi também nessa época que fizeram a opção de conhecer melhor a fé cristã e decidiram ser discípulos de Jesus, ainda hoje. E assim, sem maiores preocupações dos pais com relação aos seus estudos – já que aprendiam bem e rapidamente de outros mestres também, chegamos até aqui. Só que agora com algumas situações invertidas. Agora somos nós que aprendemos com vocês, filhos. Tudo que sei de computação, aprendi com os piás. Rose já nos elucidou muitas questões complicadas relacionadas à área da psicologia e do comportamento humano. Kátia e Eugênio são os que nos explicam os caminhos legais e do Direito. Mas, nessa caminhada, o importante é nos amarmos sempre, respeitando e acatando o conhecimento, a experiência de vida e também as limitações uns dos outros.
Que tal matar a saudade daqueles tempos com algumas fotos?


Ainda na Maternidade, em Mogi das Cruzes (grande São Paulo): Kátia, Eugênio, Ernesto, Rose. Ou será Kátia, Ernesto, Eugênio, Rose? Ninguém sabe!


Algum tempo depois no "Celar" em Araras - RJ - a dúvida persiste quanto aos personagens do meio.


Kátia, Eugênio e Ernesto. Sempre foram apaixonados por bichinhos de estimação: cães, gatos, porquinhos-da-índia e até pintinhos! Também tínhamos um espaço maravilhoso na Comunidade em Ferraz de Vasconcelos, SP.


Rose (a grande), Kátia, Eugênio e Ernesto. Aconteceu que os pintinhos viraram enormes galos ou galinhas - mas continuaram no colo. Nos fundos a saudosa Dani (cadela).


Mamãe Neiva e os quatro "pimpolhos", sempre juntinhos enquanto foi possível.


Nas férias papai Zulmir, com a ajuda do Ernesto ou Eugênio, puxava o cavalo para diversão de todos, ...


... mas, às vezes, na falta de um cavalo de verdade...


No centro: mamãe Neiva com a primogênita Rose no colo, no seu primeiro aniversário.


No centro: Kátia no colo da mamãe Neiva no seu primeiro aniversário. A maninha Rse e todos os priminhos tentaram apagar a vela, menos a aniversarante.


Papai Zulmir, que não nega que é gaúcho, com os dois "rebentinhos" (parece linguagem bíblica?!)
Por enquanto é isso. Até uma próxima.